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Jornalistas da Rede Amazônica falam dos desafios do jornalismo transmidiático

eticoedireto

Atualizado: 27 de out. de 2022

Willian Amanajás, Caroline Magalhães e Núbia Pacheco detalharam a rotina e o perfil do profissional que trabalha com jornalismo convergente.


Texto Ed Mendes e Luiz Felype

Foto: Martha Sophia


As características dos jornalistas transmidiáticos, possibilidades, dificuldades e desafios. Esse foi o tema central da palestra organizada pelos acadêmicos do 7º semestre de Jornalismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap), realizada na última quarta-feira (19). Na oportunidade, os jornalistas da Rede Amazônica, no Amapá, afiliada à Rede Globo, Willian Amanajás, Caroline Magalhães e Núbia Pacheco detalharam a rotina do comunicador que produz conteúdos jornalísticos convergentes para televisão, rádio e internet, bem como responderam aos questionamentos da turma.



Willian Amanajás é repórter, apresentador do telejornal Bom dia Amapá e especialista em Gestão e Docência do Ensino Superior. Núbia Pacheco é editora do portal de notícias G1 Amapá e estudante de Jornalismo da Unifap. Caroline Magalhães é jornalista com mais de 7 anos de experiência e, atualmente, é apresentadora e analista multimídia da Central Brasileira de Notícias, a rádio CBN Amazônia.

Amanajás iniciou a exposição e ressaltou que os conhecimentos adquiridos na Universidade, somados aos aprendizados oriundos da prática, “são importantes e fazem a diferença na profissão”.


Foto: Marcileia Leal


Ele ressaltou como os alunos devem encarar a fase acadêmica e o que pode contribuir para o ingresso do estudante no mercado de trabalho. "Aproveitem esse momento. Se existe uma hora de errar é na academia, porque o mercado de trabalho não permite erros. O que vocês aprendem aqui, a teoria, faz diferença no mercado de trabalho", ressaltou o apresentador.


William explicou a importância da temática debatida na roda de conversa. "Falar sobre convergência midiática, é falar do nosso jornalismo atual. Porque o nosso jornalismo funciona em convergência. Está na web, na tv, na rádio, em qualquer plataforma, e até mesmo nas redes sociais, porque hoje as redes sociais também informam. Por isso é muito importante discutir esses assuntos para quem está na academia, porque serão nossos futuros profissionais no mercado", destacou.


Caroline Magalhães falou sobre suas primeiras experiências no Jornalismo durante a faculdade e no estágio realizado em uma emissora de televisão. Ao ingressar na rádio, admitiu que não tinha experiência, não escutava e “nem imaginava que iria trabalhar em rádio”.



A jornalista completou que “rádio é improviso. Inicialmente, eu não sabia improvisar”, disse Caroline, que iniciou na Rede Amazônica como auxiliar de produção. Ela descreveu alguns desafios e problemas durante apresentações de programas na CBN, como problemas técnicos durante o ao vivo e a necessidade de criatividade quando as pautas acabam.


"Nesse assunto de convergência, foi algo natural, eu já fazia coisas para TV, rádio. E quando veio a CBN pra cá, precisavam de uma pessoa que sabia fazer de tudo, e eu tinha esse conhecimento", salientou a jornalista.

Sobre a experiência no mercado de trabalho, Caroline aconselhou o público. "O que o mercado vai exigir dos estudantes é jornalismo multimídia, que saiba fazer de tudo um pouco. A profissão pode até não ser bem remunerada, mas possibilita um leque bem grande de opções no mercado, como assessoria, produção e repórter", finalizou.


Foto: Marcileia Leal


Um dos maiores estudiosos sobre o tema, o norte-americano Henry Jenkins, definiu convergência midiática como o fluxo de conteúdo em várias plataformas, colaboração da indústria com meios de comunicação e atividades de migração de mídia.


Um dos exemplos da convergência midiática é o G1 Amapá, pois o portal abriga materiais de texto, rádio e televisão.


Núbia Pacheco falou sobre a convergência de mídia encontrada no portal e como é trabalhar nesse meio. "Se tem um exemplo de convergência midiática para falar a vocês é o g1, lá tem tudo o que acontece na TV. É uma correria, subir matéria, cortar e subir vídeo, fazer uma ronda para procurar conteúdo novo. Mas é gratificante demais, principalmente quando conseguimos emplacar uma matéria nossa no g1 nacional. Quando acontece, é festa", contou.


Pacheco lembrou da experiência de uma transmissão em tempo real e a convergência: a cobertura das Eleições 2022 na TV, rádio e internet. A comunicadora acrescentou que o G1 Amapá compete com outros estados para “emplacar” um texto local no site nacional, utilizando palavras-chave para localizar o leitor e facilitar a compreensão de um texto que engloba outras realidades e contextos cultural e socioeconômico. “A convergência é forte na Rede Amazônica”, comentou.


Foto: Ingra Tadaiesky


Para a estudante de jornalismo Lorena Lima, a roda de conversa sobre convergência de mídia com profissionais da área foi enriquecedora. "Vai além das teorias que os professores apresentam para gente. Uma conversa com profissional faz um diferencial danado. Eu já trabalho na área, mas só há um ano. Ouvir profissionais que estão no mercado da convergência de mídia ajuda muito no nosso desenvolvimento profissional, pois não iremos ao mercado de trabalho só com teorias, e sim com uma visão de quem está no mercado", enfatizou a estudante.


Entenda a relação entre Convergência de Mídia e Comunicação


Pensar em mídia de maneira isolada é algo praticamente impossível nos dias atuais, tendo em vista que a convergência de mídia engloba tudo, seja no rádio, tv, web, redes sociais e impresso em geral.

O papel dos profissionais de Comunicação, Marketing e Relações Públicas se torna fundamental no conhecimento desse fenômeno chamado convergência de mídia, haja vista que trabalhar dessa forma requer um estudo prático bem maior, para ter compreensão sobre todas as novas tecnologias que estão imersas na tarefa.

Existem algumas vantagens de trabalhar dessa forma, talvez a maior seja uma comunicação mais rápida e eficaz através da internet, sem contar que isso proporciona uma maior interação com o público. Um exemplo seria uma rádio, que pode ser transmitida da maneira tradicional, além de estar em um canal de YouTube, transmitindo o vídeo e o áudio do programa, fazendo interações com o internauta através das redes sociais e colocando o público em contato com rádio, podendo ser em ligações ou WhatsApp.


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